A profissão de auditor está a passar por um processo de transformação, num mundo cada vez mais global dominado pelas novas tecnologias, nomeadamente a inteligência artificial (IA). Algo que Virgílio Macedo, bastonário da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (OROC), diz que deve ser aproveitado pelos mais jovens que estão a entrar nesta carreira, mas sem nunca perder o sentido crítico. “A tecnologia só amplifica o julgamento profissional”, defende.
“Uma nova geração herda mais do que uma profissão, herda a responsabilidade de garantir que o papel do auditor vai continuar a ser essencial num mundo cada vez mais global”, afirmou Virgílio Macedo no arranque do XV Congresso da OROC no Palácio da Bolsa, no Porto, esta quinta-feira.
É preciso “reafirmar o nosso papel no ecossistema económico e isso exige relevância, inovação e proximidade”, acrescentou ainda. Isto num mundo em constante mudança, onde a tecnologia tem cada vez mais relevância. Um fator que acaba por atrair mais jovens para a profissão.
Os jovens auditores devem “abraçar a tecnologia, mas nunca abandonar o julgamento crítico”, afirmou o bastonário da OROC, pedindo que a “abracem, não com desconfiança mas como aliado da profissão”. Não, podem, porém, “nunca deixar de questionar”.
“A IA pode processar dados, mas não compreende a ética. Pode cruzar dados, mas não entende a intenção. É aí que está o valor dos auditores”, sublinhou o bastonário da OROC num evento que conta com mais de mil participantes, apontando que o “nosso futuro será híbrido”.
Um estudo divulgado pela consultora tecnológica Wolters Kluwer revela que a adoção de IA nas empresas de auditoria e contabilidade a nível global mais do que quadruplicou num ano, subiu de 9% para 41% neste período.
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